Como se destacar na crise através do marketing e branding

Como se destacar na crise através do marketing e branding.

Falar de crise no Brasil tornou-se algo rotineiro na vida das pessoas, empresas e nas manchetes dos jornais de todo mundo. A inflação, a alta do dólar, o desemprego e a restrição do crédito são algumas consequências e exemplos deste momento histórico. Nas ruas muitas empresas estão encerrando suas atividades e muitas placas de aluga-se tomam conta das principais avenidas do país.

No ano de 2015, 191 mil empresas fecharam as portas, segundo dados da Secretaria da Micro e Pequena Empresa (SMPE), com bases nos cadastros das Juntas Comerciais de todo o País. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontam que mais da metade das empresas abertas, fecham as portas até o quarto ano de vida. Este cenário é o mesmo em diversos setores da economia brasileira, e no segmento das empresas de asseio e conservação não é diferente.

Mas por que as empresas fecham?

Será que é mesmo muito difícil empreender hoje no Brasil? A culpa é da crise? Ou talvez seria falta de gestão por parte das empresas e perfil dos gestores? É claro que esta pergunta é muito difícil de ser respondida, e entende-se que cada caso deve ser analisado de forma isolada, visto que muitos fatores podem influenciar no fechamento de uma empresa, além do momento econômico e político que vive o país. Mas uma coisa é certa: nenhuma empresa sobrevive sem gestão, meta, estratégia e principalmente diferencial competitivo.

Toda empresa precisa saber qual é a sua missão, o seu objetivo no mercado e aonde ela quer chegar. E para empreender não é só ter dinheiro para investir. É preciso ter o perfil de gestão, além de conhecimento para tal, o que muitas das vezes não ocorre. Dentro deste contexto, é muito comum quando vou atender um cliente, para criar uma campanha, na reunião de briefing eu perguntar: Qual é o diferencial da sua empresa? E muitos clientes me respondem: o meu diferencial é meu atendimento, o meu preço, ou até mesmo a qualidade. Hoje, atender bem, ter um preço compatível com o posicionamento da marca e oferecer qualidade não são mais diferenciais e tornaram-se comodities. Neste mercado cada vez mais competitivo, é o mínimo que o cliente espera e é obrigação para os empresários que buscam sucesso.

Dizem que existem três tipos de empresas: “As que observam o que acontece, as que perguntam o que aconteceu, e as que fazem as coisas acontecerem”. Criar e recriar constantemente estratégias que possam ser percebidas como valor pelo cliente e difíceis de serem igualadas pelos seus concorrentes é uma maneira de se destacar na crise, valorizar a marca e fidelizar o seu público. Mas é importante lembrar que quando se cria um diferencial, rapidamente ele é copiado. Por isso, a inovação precisa estar no seu DNA. Muitas empresas tem se reiventado e se destacado pela busca constante pela inovação, o que as torna diferenciadas, especiais, e consequentemente mais lucrativas. Esta postura empresarial é chamada de core competence. Em outras palavras, é o negócio principal de uma empresa, que a torna diferente de seus players sob a ótica de seus clientes. É uma característica intrínseca de uma organização. É preciso que esta competência seja única em termos de competitividade e que a deixe em posição de destaque.

Na crise, também no segmento dos serviços, toda empresa independente do tamanho, pode desenvolver um posicionamento diferenciado, oferecendo algo que vá além das expectativas de seus clientes, com o objetivo de surpreendê-los. E para que isso aconteça é preciso adiantar suas necessidades através da criatividade e renovação constante. É hora de aproveitar oportunidades, sair da rotina, buscar por novas ideias, reinventar o seu serviço e tornar sua marca única.

E como já dizia o mestre Steve Jobs: “a inovação distingue entre um líder e um seguidor”. “Continue ávido por aprender, continue ingênuo e humilde para procurar. Tenha fome de vida, sede de descobrir”.

Luís Gustavo Leão

Publicitário, Jornalista, Especialista em Marketing e MBA em Gestão Empresarial. Sócio-diretor da Pop Comunicação Inteligente (www.popcomunicacao.com.br).

Artigo publicado na revista Momento Seac de Belo Horizonte, Minas Gerais, mês de junho/2016, circulação estadual.

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